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Esta obra, publicada pela primeira vez em 1963, suscitou certa polêmica pelo tratamento nada exemplar para com as crianças, mas tornou-se num clássico da literatura infantil e juvenil e num referente imprescindível do seu gênero. Não só obteve a Medalha Caldecott (1964) e o American Book Award, como também foi eleito pelo “The New York Times Book Review” como um dos melhores livros ilustrados; desde então foi traduzido em inúmeras línguas e tornou-se num dos títulos mais vendidos de sempre. Castigado por causa das suas travessuras, sendo mandado para o quarto sem jantar, Max empreende uma viagem simbólica a partir daí até um lugar fantástico, atravessando um tempo mítico e enfrentando os seus próprios medos. Depois de se tornar no rei de uns monstros tão ferozes como insinuantes, regressa ao ponto de partida, onde o aguarda o jantar. Uma viagem de ida e volta, pelo tempo e pelo espaço, da realidade à ficção, sem que nada nem ninguém explique se essa metamorfose foi produto de um sonho ou de uma fantasia.
“Onde vivem os monstros” é um paradigma do álbum ilustrado pela sua perfeita conjugação entre palavra e imagem; uma história poética e singela, narrada com humor, com total economia expressiva e absoluta harmonia entre texto e imagem. Tudo se conjuga neste livro, pensado artisticamente até aos mais ínfimos detalhes: o jogo com a diagramação, o formato, a atmosfera quase mágica que cada página destila, a tensão do argumento e a combinação de palavras, sons e repetições. Assim, o tamanho das ilustrações segue ‘in crescendo’, à medida que o protagonista avança pelo mundo onírico, e as ilustrações ocupam a totalidade da página quando a história atinge o seu clímax e diminuem consoante Max vai voltando ao plano da realidade.
“Onde vivem os monstros” é um paradigma do álbum ilustrado pela sua perfeita conjugação entre palavra e imagem; uma história poética e singela, narrada com humor, com total economia expressiva e absoluta harmonia entre texto e imagem. Tudo se conjuga neste livro, pensado artisticamente até aos mais ínfimos detalhes: o jogo com a diagramação, o formato, a atmosfera quase mágica que cada página destila, a tensão do argumento e a combinação de palavras, sons e repetições. Assim, o tamanho das ilustrações segue ‘in crescendo’, à medida que o protagonista avança pelo mundo onírico, e as ilustrações ocupam a totalidade da página quando a história atinge o seu clímax e diminuem consoante Max vai voltando ao plano da realidade.
Sobre o autor: MAURICE SENDAK (Brooklyn, Nova Iorque, 1928)
Desde 1951 que produziu mais de 80 livros infantis, uma trajectória que o levou a receber em 1970 o Prémio Andersen e em 2003 o HPrémio Internacional Astrid Lindgren de Literatura InfantilH, juntamente com a escritora austríaca HChristine NöstlingerH. Filho de imigrantes judeus de origem polaca, estudou pintura e desenho no Art Students League de Nova Iorque. Conseguiu o seu primeiro emprego como ilustrador no All America Comics e em 1951 começou a trabalhar como ilustrador para a editora Harper and Brothers. Impulsionou uma autêntica revolução no panorama literário infantil pelas ideias, pela forma e pelo conteúdo dos seus livros. A crítica especializada classificou-o como “um dos homens mais poderosos dos Estados Unidos, porque dar forma à fantasia de milhões de crianças é uma tremenda responsabilidade”.