terça-feira, 2 de agosto de 2016

Colégio Visconde de Bom Retiro Inova com Uso da Tecnologia


O diretor da Colégio Estadual  Visconde de Bom Retiro, de Bento Gonçalves, Alexandre Misturini, tem incentivado o uso das tecnologias , realizando ações a fim de modernizar a escola tanto na aquisição de equipamentos tecnológicos e quanto na formação dos educadores e alunos. Na semana pedagógica os professores iniciaram um Curso de Blog e de App Google com a Plataforma Classroom, tendo como formadora a professora Marli Dagnese Fiorentin, através do NTE. Também  foram instalados projetores multimídia em todas as salas de aula, além de outras melhorias, enquanto os alunos estavam em recesso escolar.


 O diretor concedeu uma entrevista ao Jornal Semanário, a qual reproduzimos abaixo. 

O diretor Alexandre Misturini quebrou tabus e liberou o acesso à
 internet dentro da escola - Créditos: Caiani Martins
Na escola o quadro-negro e o giz competem diretamente com telefones celulares cheios de aplicativos e jogos. E manter a atenção e o interesse dos alunos nas disciplinas tornou-se um desafio diário para os educadores. Diante desse cenário é inevitável o surgimento de um conflito com o modelo de educação básica. Na Capital do Vinho, o Colégio Estadual Visconde de Bom Retiro, localizado no Santa Rita, tem mudado esse conceito, com promoções e bailes a escola arrecadou R$ 16 mil reais e comprou 13 projetores multimídias e oferece internet livre para todos os alunos, assim como utiliza netbooks e celulares em sala de aula.
Utilizando blogs, sites, mídias sociais e tecnologia o diretor do Colégio Bom Retiro, Alexandre Misturini, uniu o útil ao agradável e trouxe para seus estudantes do ensino médio novas formas de aprendizado. Uma das medidas aplicadas pelo educador foi solicitar e disponibilizar internet em todo o prédio, assim como quadros novos e projetores em todas as salas de aula. "Eu vejo a tecnologia como uma aliada, não como uma concorrente. Se utilizarmos a internet de forma correta o aluno vai aprender muito mais", destaca.
No entanto, ele pondera que mídias sociais como Facebook, Instagram e SnapChat foram bloqueados, pois os alunos devem focar o uso da internet apenas como uma forma de agregar ao conteúdo estudado. "O X da questão é que a tecnologia é uma ferramenta e não vai solucionar o problema da educação, mas vai ajudar a melhorar. De que forma isso pode acontecer? Utilizando a informática e a tecnologia da comunicação, sem desprezar o livro didático. Além de oferecer ao aluno a oportunidade de pesquisas como na Webquest que é uma busca guiada via internet", explica Misturini.
Filosofia em 
140 caracteres

O educador que lecionou por mais de onze anos filosofia e sociologia pedia para seus alunos criarem frases de até 140 caracteres para compartilhar no Twitter como uma forma de resumir o conteúdo estudado em sala de aula. "Isso possibilita que o educando não fique naquela mesmice de copiar e colar, mas sim, seja desafiado a pensar em resumir o conteúdo aprendido no limite de palavras que o Twitter permite", salienta. O uso desta ferramenta gerou frutos, junto com um de seus alunos se classificou no concurso Poa Tuitada e foi até a Capital, durante a feira do livro, para uma sessão de autógrafos com os demais escritores que participaram da obra.
Outro exemplo destacado pelo diretor foi a criação de um projeto social no qual a divulgação seria por meio de um blog. "Ao invés de ser um cartaz no corredor da instituição, colocamos uma folha A4 com o código de barra do Qr code, para os alunos passarem o celular e então acessar no blog do colégio os projetos sociais que estão em slides. Todos os alunos participaram", lembra, Misturini.
Com um maior envolvimento dos alunos durante as aulas Misturini destaca que a utilização da internet nas pesquisas quebrou a resistência do aluno em pensar e escrever por conta própria. "Criamos uma cultura digital no colégio. Por três anos eu fui professor e tentei inserir tecnologia na aula, acabou dando certo, pois a internet não está ai para atrapalhar, é como qualquer outra ferramenta que pode ser utilizada para o bem ou para o mal, vai do educador focar qual lado quer usar", destaca.
Segundo Misturini a primeira mudança que o professor vai detectar é o maior interesse do aluno em participar das pesquisas e até mesmo da aula. "As aulas acontecem na sala normal e também no laboratório de informática do colégio. E como aqui temos Wi-fi, eles podem utilizar o celular para pesquisar um conceito ou alguma palavra que não estão entendendo no texto. Eu uso o celular como uma forma de apoio pedagógico, e a diferença está na preocupação dos educandos em não copiar conteúdo", finaliza.




Leia mais na edição impressa do Jornal Semanário deste sábado, 30 de julho 

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